Aprendi que a luta nunca acaba
Oi meu nome é Ataíse, moro no interior de Alagoas fui diagnosticada com Crohn 2 meses após completar apenas 10 anos, talvez eu tenha sido umas das primeiras crianças a ser diagnosticada com essa doença em Alagoas.
Hoje tenho 24 anos e até agora nunca entrei em remissão. Posso dizer que vivo numa verdadeira montanha russa, entre subidas descidas.
No inicio pouquíssimas pessoas sabiam o que era Crohn e eu não conhecia ninguém que tivesse essa doença. Professores, pessoas próximas e alguns familiares por muitas vezes me mandavam desistir de estudar, porém mesmo com aquelas palavras e prejulgamentos doendo em meu coração eu juntava todas os meus livros e cadernos numa bolsa de carrinho e saia puxando ela até a escola, no caminho eu chorava de dor, me sentia fraca demais pois a febre não cessava, mas eu caminhava até a escola em busca dos meus sonhos.
Durante esses 14 anos convivendo com a doença de Crohn, já tive várias crises e complicações, dentre elas posso apontar as mais graves que foram a médula óssea paralisada pelos imunossupressores, o que quase me causou uma leucemia, mas graças a Deus e aos médicos o quadro foi revertido! E a segunda também em consequência de viver com imunossupressores foi uma tuberculose miliar, a tuberculose mais grave, difícil de ser diagnosticada e de grande indicio de mortalidade. Não, meus exames não acusavam TB miliar, até um médico resolver me medicar para o tratamento dessa doença mesmo sem nenhum exame comprovando, foi um verdadeiro tiro certeiro no escuro. Então dessa forma eu saí da UTI e fui desentubada após um quadro de falência respiratória.
Apesar de tantas pedras no caminho, eu fraquejei algumas vezes porém nunca desisti. Atualmente sou funcionária pública graduada e pós-graduada, audaciosamente sonhando com o mestrado, completamente apaixonada pela educação infantil e a educação inclusiva.
Aprendi que a luta nunca acaba, as vezes é frustante ter vida social e ao mesmo tempo carregar uma DII dentro da gente mas assim como Josué 1:9 precisamos ser fortes e corajosos. Um dia alguém me disse das piores colisões surgem os mais lindos paraísos, então continua, não para, não desista o horizonte é logo ali!
Meu nome é Ataíse Emanuele, moro em Teotônio Vilela, tenho 24 anos, tenho Doença de Crohn e sou Professora. Meu perfil no Facebook @ataiseemanuelle.souzacosta e no Instagram @ataise_emanuelle
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