Olá, sou Fernanda Cardoso, tenho 25 anos e recebi o diagnostico de Crohn em novembro de 2020.
Tudo começou em 2018 quando começaram a surgir varias aftas bucais por períodos muito longos, elas surgiam e ficavam de 3 a 6 semanas e eram aftas grandes, com o passar do tempo notei que aquilo não era normal e então fui atrás de um profissional que era um reumatologista onde me foi dado o diagnóstico de Belçet, dando inicio aos medicamentos logo as aftas desapareceram, segui tratando com o reumatologista até junho de 2020.
Em junho de 2020 comecei a sentir fortes dores de barriga com acompanhamento de diarreia pelo menos uma vez por semana, então comecei achar que tinha algo de errado porque eu não tinha muito costume de me sentir mal por comer algo, essas dores me acorreram umas 4 vezes até que um dia de dor quando fui ao banheiro notei que tinha sangue nas fezes, foi quando me desesperei, só pensava no pior, entrei em contato com o reumatologista e falei o que estava acontecendo então ele pediu para que eu procurasse um gastroenterologista, eu fui e então me foi solicitado uma colonoscopia, fiz a colonoscopia e também fiz biopsia, com esse exame recebi o diagnóstico de retocolite, me desesperei pois já tinha um diagnostico de Belçet e agora retocolite, me deu medo e desespero, então comecei a pesquisar tudo sobre, como viver com essas doenças e outras coisas mais.
Dei inicio ao tratamento de retocolite, mas os medicamentos me causavam muito mal, eu tinha muita diarreia e vomito, eu ia ao banheiro umas 10 vezes por dia e vomitava tudo que comia inclusive os remédios que tomava, com isso fui só emagrecendo cada vez mais. Então fiz alguns exames de sangue, com resultado de anemia e de infecção, mas não conseguia descobrir onde estava essa infecção, com um pouco de melhora depois de tomar medicamentos por 4 dias recebi alta, voltando para casa comecei a sentir tudo novamente, vomitava tudo.
Durante aquela noite comecei a ter episódios de vomito novamente, quando amanheceu fui para outro hospital, onde me internaram e logo fizeram novos exames onde constaram anemia e falta de muitas outras coisas, pois já tinham 3 meses que eu estava sofrendo com vômitos e diarreia, já estava com falta de muitos nutrientes e vitaminas, e já havia emagrecido 10 kg. Neste hospital entraram com todas as medicações necessárias na veia pois meu estomago já não aceitava mais nada, e deram início a vários exames para saber o que eu tinha porque n estavam normal aqueles sintomas vindo de uma retocolite e Behçet, o primeiro exame que fiz foi uma rx de tórax (tudo normal), no outro dia fiz endoscopia (estava com gastrite), no outro dia fiz uma tomografia (onde viram que tinha algo que não estava normal), no outro dia fiz ultrassom (onde descobri uma pedra na vesícula), mas ainda nada que me causasse tanto mal, ai comecei o preparo para uma nova colonoscopia que é horrível, e na colonoscopia descobriram que eu tinha Crohn e não retocolite, e que meu intestino estava com muitas ulceras, (descobrindo também que eu não tinha retocolite nem Behçet), e sim Crohn.
Os médicos deram início de imediato com antibiótico injetável, ai foi quando começamos a ver algumas melhoras tanto fisicamente como nos exames, mas ainda tiveram alguns vômitos, e diarreias, e muito mal estar, crises de ansiedade eram quase frequentes, haviam dias que eu estava mais animada, haviam dias que eram horríveis.
Sou muito grata a Deus por eu estar bem hoje, pois tiveram momentos em que achei que iria morrer, mas Deus cuidou de cada detalhe me abençoando e guiando todos que estavam ali cuidando de mim. Também sou grata ao pessoal do hospital que cuidou de mim, a minha mãe e meu namorado que não me deixaram nenhum segundo, minhas irmãs e meus cunhados que também estavam comigo, hoje sigo em tratamento, dei continuidade com a gastro que estava cuidando de mim no hospital, ainda estou em período de adaptação a tudo, porque foi uma mudança total na minha vida.
Sou Fernanda Cardoso Vieira, moro em Ubaporanga – MG, tenho 25 anos, tenho doença de Crohn e sou Estudante. Meu Instagram @fernanda.cardosov.