Vou me curar? Não sei. Vou melhorar? Espero.
Após a aposentadoria, faz 15 anos, e com os filhos criados, comecei a fazer exercícios. Corria, nadava e fazia musculação. Adorava aquela vida, mas tive que parar para ajudar a filha a tomar conta do neto por dois anos. Depois disto retomei os estudos só para meu prazer, fiz 10 pós até que…. só o fato de dirigir até o curso já me deixava exausta, desisti e fui viajar, após uma longa viagem – 30 dias no início de 2019, começou uma diarreia intermitente, toma isto, toma aquilo, aquilo outro e nada, isto foi durante 15 dias. Não comia e só bebia soro, com medo. Nada adiantava.
Nenhum médico conseguia fazer ou diagnosticar nada, até que um gastro me pediu todos os exames, exames prontos e ele logo diagnosticou a RCU. Passei então a ser dependente do mesacol. Sim, houve uma melhora considerável, as diarreias diminuíram, no entanto a barriga vive inchada (parece que vai explodir), a ponto de dificultar a respiração, o cansaço não me abandona e tem dias que as dores no corpo me levam para a cama todo o tempo.
Como sou uma pessoa muito forte e não vivo reclamando, nem contando o que estou sentindo, a família esquece que estou incapacitada para viajar (e se precisar usar um banheiro no meio da estrada?), dançar (cadê disposição? Sair à noite, etc. É muito chato ter que ficar explicando que “eu não posso”. No entanto, continuo alegre, bem humorada e esperançosa, não faço disto uma guerra, não. Conheço meus limites, sei que o passado ativo, passou, e agradeço todos os dias ter condições de comprar os inúmeros remédios, poder fazer alimentação adequada e ter bons planos de saúde.
Vou me curar? Não sei. Vou melhorar? Espero.
Meu nome é Rita, moro no Rio de Janeiro, tenho 67 anos, tenho Retocolite Ulcerativa e sou aposentada. Meu perfil no Facebook @rita.nascimento.54 e no Instagram @rita.nascimento.54.