Blog Oficial Alemdii

Vacinas

Compartilhe essa publicação

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no telegram
Compartilhar no email
Vou iniciar uma série de textos sobre vacinas, pois mesmo depois de tantos anos de estudos e criação das vacinas, existem ainda muitas dúvidas sobre o assunto. Quando a dúvida é sobre saúde gera medo, preocupação e insegurança, então, o que pretendo aqui, com essa série, é passar informação correta, de fontes seguras e porque acredito que saber não ocupa espaço, na verdade mais espaço se abre para caber mais saber dentro da gente. 
 
Você sabe a origem da palavra vacina? No século XVIII, Edward Jenner descobriu a vacina antivariólica, a primeira de que se tem registro. Ele fez uma experiência comprovando que, ao inocular uma secreção de alguém com a doença em outra pessoa saudável, esta desenvolvia sintomas muito mais brandos e tornava-se imune à patologia em si, ou seja, ficava protegida. Jenner desenvolveu a vacina a partir de outra doença, a cowpox (tipo de varíola que acometia as vacas), pois percebeu que as pessoas que ordenhavam as vacas adquiriam imunidade à varíola humana. Consequentemente, a palavra vacina, que em latim significa “de vaca”, por analogia, passou a designar todo o inóculo que tem capacidade de produzir anticorpos.
 
“Todo o inóculo que tem capacidade de produzir anticorpos”, vamos simplicar isto? Vacinas são preparações que, ao serem introduzidas no organismo, desencadeiam uma reação do sistema imunológico (semelhante à que ocorreria no caso de uma infecção por determinado agente patogênico), estimulando a formação de anticorpos e tornando o organismo imune a esse agente e às doenças por ele provocadas.
Prevenir é melhor que remediar. O uso de vacinas tem maior custo-benefício no controle de doenças imunopreveníveis que o de medicamentos para sua cura. Resultado de muitos anos de investimento em pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico, as vacinas são seguras e consideradas essenciais para a saúde pública. Elas podem ser constituídas de moléculas, micro-organismos mortos ou micro-organismos vivos atenuados.
 
Ainda não existem vacinas para todo o tipo de doenças e honestamente, não acho que um dia isso será possível, pois a capacidade de mutação dos vírus e das bactérias é rápida, tanto que algumas vacinas sofrem modificações para acompanhar as mutações e assim continuarem com a eficácia. Fique calmo, mesmo não existindo vacinas para todas as doenças, instituições do mundo inteiro vêm investindo cada vez mais nos processos de pesquisa e desenvolvimento de novas vacinas.
 
Entre os instrumentos de política de saúde pública, a vacina ocupa, por certo, um lugar de destaque. No Brasil, as estratégias de vacinação têm alcançado altos índices de eficiência e servido de parâmetro para iniciativas semelhantes em outros países. Exemplos como os das campanhas contra a varíola e a poliomielite, bem como a proximidade da erradicação do sarampo em nosso território, demonstram os bons resultados dos programas de cobertura vacinal coordenados pelo Ministério da Saúde.
 
No Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos de Bio-Maguinhos existem novos projetos de vacinas em desenvolvimento. Duas grandes linhas regem as atuais atividades de desenvolvimento do Instituto: atualização das tecnologias e introdução de vacinas combinadas. Dentro da perspectiva do desenvolvimento de produtos baseados na tecnologia do DNA, Bio-Manguinhos fez, nos últimos anos, uma opção tecnológica da maior importância para a Fiocruz. O Instituto está investindo em projetos voltados para a produção de proteínas recombinantes em células eucarióticas e procarióticas para o desenvolvimento de vacinas de DNA. O domínio dessas promissoras tecnologias é imprescindível para o Brasil, particularmente dentro do moderno contexto do desenvolvimento de vacinas e reagentes, pois elas serão determinantes para o desenvolvimento e a produção de imunobiológicos neste novo século. É importante ressaltar que a capacitação interna de Bio-Manguinhos vem abrindo oportunidades e aumentando as possibilidades de cooperação para a instituição, tanto nas vacinas bacterianas quanto nas recombinantes.
 
Esse é o primeiro texto da série sobre vacinas e a nossa primeira conversa só poderia iniciar com um pouco de história dessa ferramente de saúde que revolucionou a gestão de doenças infectocontagiosas mundialmente. Para não perder nada você pode acompanhar por aqui ou também pelo Facebook, Twitter e Instagram.
 
Fontes:
 
 
 
Pôrto, Ângela, & Ponte, Carlos Fidelis. (2003). Vacinas e campanhas: as imagens de uma história a ser contada. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, 10(Suppl. 2), 725-742 – http://migre.me/twCy4
Tradução »

Doe sua história

Cadastre-se

E fique por dentro de nossas novidades!

[sibwp_form id=2]

Nós siga nas redes sociais e curta a página.

Área do usuário

Não possui uma conta?
Clique em registrar para se cadastrar.