Suas causas ainda não são totalmente conhecidas, porém sabe-se que pode estar associada a doenças reumáticas
Alguns calendários apontam 10 de julho como Dia de Alerta para a Saúde Ocular. Esta é uma boa oportunidade para, mais uma vez, alertar sobre os sinais e sintomas de uveíte, doença inflamatória da úvea, importante causa de cegueira no mundo, mas que pode ser confundida com uma conjuntivite (de rápida recuperação) pelo seus principais sintomas: olhos vermelhos, sensibilidade à luz e visão embaçada.
A uveíte pode ser classificada em anterior, posterior, intermediária ou difusa de acordo com a região do olho acometida e deve ser tratada rapidamente, pois pode levar a complicações como catarata, glaucoma, perda progressiva da visão e cegueira. Pode ocorrer em ambos os sexos, em qualquer idade, mas sabe-se que são mais frequentes em adultos jovens (até 45 anos).
Suas causas ainda não são totalmente conhecidas, porém sabe-se que pode estar associada a doenças reumáticas, como espondiloartrites, artrite reumatoide e lúpus eritematoso. Segundo a Sociedade Brasileira de Uveítes, as doenças autoimunes são a causa mais comum de uveíte anterior no Brasil, enquanto toxoplasmose é a causa mais comum de uveíte posterior.
Em caso de alguns dos sintomas, é fundamental iniciar o diagnóstico diferencial entre uveítes e outras inflamações oculares. Quando identificada, é importante uma estratégia envolvendo o especialista na doença de base – o reumatologista, no caso das uveítes associadas a doenças reumáticas. Para diagnosticar a uveíte, os especialistas podem prescrever exames de sangue e de imagem.
Portanto, na presença de sintomas, é importante não se automedicar e, sim, procurar um especialista para o diagnóstico diferencial inicial, quando os olhos apresentam vermelhidão e dor. Nas uveítes, o diagnóstico precoce é fundamental para preservar a integridade da visão.
Ouça entrevista com Dr. Provenza sobre a correlação de doenças reumáticas e uveítes: https://bit.ly/2NOjnhQ