Blog Oficial Alemdii

Ferramenta prevê evolução da doença inflamatória intestinal

Compartilhe essa publicação

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on email

USNEWS

Desenvolvida ferramenta que prevê evolução da doença inflamatória intestinal – Porto/Portugal


Cláudia Camila Dias, pesquisadora principal do projeto, afirmou que esta ferramenta vai ser “integrada no sistema de interface com a base de dados do GEDII – Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal para ser utilizada pelos clínicos”
Uma equipe do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS) anunciou ter desenvolvido uma ferramenta ‘online’ que permite predizer como irá evoluir a doença inflamatória intestinal, nomeadamente a doença de Crohn.

Este instrumento vai servir para apoiar a decisão dos médicos na escolha e acompanhamento do tratamento para cada doente, de forma a garantir o melhor controlo possível da doença intestinal. Segundo Cláudia Camila Dias, pesquisadora principal do projeto, esta ferramenta permite “prever a evolução da doença em cada paciente e adaptar a terapêutica de forma rápida, eficiente e nada invasiva, ou seja, sem necessidade de recorrer a testes genéticos nem laboratoriais”.

A especialista em bioestatística do CINTESIS explicou que este modelo de prognóstico na doença inflamatória intestinal baseia-se no levantamento de dados demográficos e informações clínicas facilmente obtidas em consulta, como a idade em que o paciente foi diagnosticado, o uso de corticoides, a existência de doença perianal e tabagismo, por exemplo.

A doença inflamatória intestinal inclui duas patologias diferentes: a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. Trata-se de doenças incapacitantes, de causa desconhecida, que podem afetar qualquer parte do intestino.


De acordo com os especialistas, “os pacientes que sofrem destas doenças vêm a sua qualidade de vida (pessoal, social e profissional) muito afetada. No entanto, só muito recentemente é que se passou a verificar uma preocupação com a manutenção da qualidade de vida destes doentes, através da redução do número de cirurgias a que são submetidos e das hospitalizações que estão sujeitos”.

Em comunicado, o CINTESIS refere que para o desenvolvimento da nova ferramenta foi necessário “estudar de forma aprofundada” a relação entre a doença inflamatória intestinal e as diferenças demográficas e clínicas dos pacientes.

No âmbito desse trabalho prévio, foi possível averiguar que “os pacientes de Crohn com menos de 40 anos, que foram tratados com corticoides e que sofrem de doença perianal, estão em maior risco de apresentarem doença incapacitante. No caso dos pacientes com retocolite ulcerativa, são os homens, com doença extensa e que usam corticoides, os que estão em maior risco de atingir níveis mais graves da doença, que exijam a remoção de parte do intestino”, acrescenta.

Os investigadores avaliaram ainda o impacto que o uso de imunossupressores – um tipo de tratamento que diminui a atividade do sistema imunológico do paciente, modulando a inflamação – tem na evolução da doença inflamatória intestinal. As análises realizadas revelaram que os doentes a quem estes medicamentos são prescritos mais tardiamente são operados mais vezes.

Cláudia Camila Dias afirmou que esta ferramenta vai ser “integrada no sistema de interface com a base de dados do GEDII – Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal para ser utilizada pelos clínicos. Este instrumento é completamente funcional, expondo as capacidades analíticas e preditivas desenvolvidas nos modelos criados.”

O sistema será usado pelos Gastrenterologistas durante a consulta de especialidade, através da utilização da interface com a base de dados da consulta.

O projeto, que resultou em vários artigos publicados em revistas científicas como o Journal of Crohn’s and Colitis, Inflammatory Bowel Disease e a PLoS One, foi desenvolvido em colaboração clínica com o Gastrenterologista Fernando Magro, e colaboração científica com os investigadores do Cintesis Pedro Pereira Rodrigues, Raphael Oliveira, Guilherme Macedo e Altamiro da Costa-Pereira.

O CINTESIS é uma unidade de investigação e desenvolvimento (I&D) cuja missão é encontrar respostas e soluções, no curto prazo, para problemas de saúde concretos, sem nunca perder de vista a relação custo/eficácia.

Sediado na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, o CINTESIS beneficia da colaboração das Universidades Nova de Lisboa, Aveiro, Algarve e Madeira, bem como do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), do Instituto Superior de Engenharia (ISEP) e da Escola Superior de Enfermagem do Porto (ESEP).

No total, o centro agrega cerca de 450 investigadores, em 16 grupos de investigação que trabalham em quatro grandes linhas temáticas: Investigação Clínica e Serviços de Saúde; Neurociên
cias e Envelhecimento Ativo; Diagnóstico, Doença e Terapêutica; e Dados e Métodos.

Fonte: tvi24
Tradução »

Doe sua história

Cadastre-se

E fique por dentro de nossas novidades!

[sibwp_form id=2]

Nós siga nas redes sociais e curta a página.

Área do usuário

Não possui uma conta?
Clique em registrar para se cadastrar.