Megacólon tóxico e câncer colorretal
Megacólon tóxico
Constitui-se em uma emergência médica pela sua alta gravidade, representando a forma mais intensa de inflamação do intestino grosso (este também chamado de cólon) no contexto da doença inflamatória intestinal.
A chance de um indivíduo com retocolite ulcerativa de desenvolver essa complicação ao longo da vida é de 2,5%.
Nestes casos, a intensidade do processo inflamatório causa uma espécie de paralisia da musculatura da parede intestinal e o cólon se dilata ao ponto de romper em alguns casos.
A descontinuação rápida de corticoide e o uso de certo medicamentos como narcóticos (codeína, tramadol) em pacientes com colites graves podem contribuir para sua ocorrência.
O diagnóstico em geral é feito através de radiografia simples do abdome e o tratamento envolve internação hospitalar, suspensão da dieta, hidratação venosa e antibioticoterapia.
A cirurgia para remoção do intestino grosso (colectomia total) está indicada na maioria dos casos devido ao elevado risco de perfuração intestinal.
Embora em menor proporção que na retocolite ulcerativa, o megacólon tóxico pode também acometer pacientes com doença de Crohn desde que haja extenso comprometimento do intestino grosso.
No próximo texto – Câncer colorretal.
Fonte: Cartilha GEDIIB – Complicações na Doença Inflamatória Intestinal. Autor: Dr. Marco Zerôncio. Mmbro Titular da Federação Brasileira de Gastroenterologia, da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva e do Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil.
Divulgação autorizada pelo GEDIIB.