Melhora da qualidade de vida dos pacientes
Durante anos as medicações utilizadas para o tratamento das DII se mantinham as mesmas. São elas as mesalazinas, corticosteroides e imunossupressores, principalmente a azatioprina e o metotrexato. Para os pacientes que apresentavam recaídas frequentes da doença eram oferecidos re-tratamentos com os corticosteroides, que são drogas excelentes para induzir remissão, mas que a longo prazo, provocam complicações tão ou mais graves do que a própria doença.
À medida que a fisiopatologia envolvida nas DII foi melhor esclarecida, surgiu a possibilidade de novas drogas com o objetivo de diminuir a resposta imune da mucosa intestinal, culminando na diminuição da inflamação crônica.
A terapia biológica surgiu após estudos que identificaram a presença de citocinas pró-inflamatórias na lâmina própria (veja na figura abaixo) intestinal de pacientes com DII. Essas citocinas, em especial o TNF-alfa, têm papel crucial na perpetuação da inflamação crônica da mucosa intestinal.
Antes da terapia biológica, o objetivo era a remissão clínica e endoscópica, hoje o objetivo é a remissão histológica, com cicatrização completa da mucosa. Com a indução da remissão clínica, laboratorial e a cicatrização da mucosa, os pacientes têm menores chances de internação e procedimentos cirúrgicos e consequentemente a melhora da qualidade de vida.
Fontes:
- Carvalho ATP. Terapia biológica. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto. 2012;11(4):33-40
- PEBMED