Hospital Mário Covas sem medicamentos de alto custo
Cansados de esperar que o estoque de medicamentos de alto custo do Hospital Mário Covas, em Santo André, seja restabelecido, os pacientes tomaram a responsabilidade do Governo do Estado e iniciaram distribuições próprias para conseguir manter os tratamentos em dia. Nas redes sociais, os pacientes sem medicamentos há mais de um mês, viabilizam trocas e até divisão de comprimidos.
Caso de Michelly Ferreira de Vasconcelos, que depende do Tacrolimo 1mg e Sirolimo 2mg para prevenir a rejeição de seu transplante de pâncreas e rim. “Faz mais de um mês que não consigo retirar algo que é de obrigação do Estado fornecer”, diz. Para não interromper o tratamento, Michelly teve que desembolsar R$ 90 do seu próprio bolso e pedir que usuários de outras localidades enviassem cartelas dos remédios. “Pedi doação de um paciente de Goiás, porque não posso ficar sem, o risco é enorme. Custou caro para meu bolso, mas não posso jogar meu transplante no lixo”, afirmou. Juntos, os medicamentos de Michelly custam em média R$ 10 mil.
Quem também sofre com a espera dos medicamentos é a dona de casa Adryanna Nunes do Nascimento, que desde março não consegue retirar o Tracolimos, também utilizado por transplantados. “Disseram que chegaria ainda essa semana, mas até agora nada. A sorte é que recebi doação, senão estaria sem”, diz.
Já o morador de Diadema, Irineu José Barroso Neto, de 46 anos, esteve nesta segunda-feira (22/04) no Hospital Mário Covas para fazer a retirada do Renagel e do Hemax, remédios utilizados para hemodiálise e também voltou de mãos vazias. “A atendente informou que chegaria na sexta-feira retrasada e até agora nada. Não tenho mais nada do remédio em casa, não sei o que vou fazer”, disse preocupado com a situação.
Questionada, a Coordenadoria de Assistência Farmacêutica informa que os medicamentos são enviados a medida que os lotes chegam à São Paulo e a pasta redistribui os remédios às farmácias estaduais. Um novo lote foi entregue na última quarta-feira (17/04) com 811,7 mil comprimidos de Tacrolimo 1mg e 57.750 mil comprimidos do Sirolimo 2mg. A previsão é que a redistribuição seja concluída ainda esta semana.
Em contrapartida os pacientes relatam que não há como continuar com o tratamento sem respaldo do Estado, uma vez que os medicamentos são de alto custo. “E até sexta-feira, como ficamos? Não estão nem aí para nós”, afirma Michelly.
Fonte: Reporter Diário
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