Biológico, biossimilar, genérico, similar e sintético. Com certeza você já ouviu falar sobre um destes tipos de medicamentos, mas saberia dizer a diferença entre eles?
Embora os remédios façam parte de nossas vidas – sejam eles para gripe, dor de cabeça, ou até mesmo para diabetes e câncer – nem sempre sabemos o que diferencia um dos outros, e como são quimicamente produzidos.
Pensando nisso, preparamos este material que facilitará seu entendimento sobre cada um deles!
Medicamento biológico
São produzidos por células de organismos vivos geneticamente modificados (bactérias, vírus, fungos, células de vegetais ou humanos). São moléculas grandes, complexas, construídas por milhares de átomos. Elas podem ser instáveis e suscetíveis a alterações quando submetidas a pequenas variações de condições de conservação e armazenamento, por isso todo cuidado é pouco.
É importante salientar que a estrutura destes medicamentos os impede de serem ingeridos via oral (por meio de comprimidos), pois seriam destruídos pelo sistema digestivo. Por isso, o tratamento deve ser realizado por administração endovenosa ou subcutânea.
Os anticorpos monoclonais são hoje a principal revolução na ciência quando o assunto é o tratamento do câncer e de doenças autoimunes. Além de apresentarem resultados promissores, eles também causam menos efeitos colaterais que o tratamento convencional, por serem desenvolvidos para inibir ou reverter as alterações das células tumorais.
Medicamentos biossimiliares
Todos os medicamentos biológicos de referência foram criados a partir de organismos vivos, com moléculas extremamente complexas. Após alguns anos, os laboratórios responsáveis perdem suas patentes, mas ainda assim não são obrigados a revelar sua fórmula.
Com isso, os laboratórios interessados em produzir um medicamento biossimiliar fazem um processo de engenharia reversa. Isso significa que, será necessária uma análise da molécula já existente para que descubram como foi produzida.
Com isso, um medicamento biossimiliar não é uma cópia idêntica da droga de referência. Por este motivo, será necessário demonstrar, por meio de estudos, sua segurança e eficácia para o paciente, exatamente o que diz a resolução normativa RDC nº 55/2010, da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Por meio de parcerias com laboratórios internacionais, o Brasil já vem produzindo medicamentos biossimilares. Dentre os estudados estão o Rituximabe, hoje utilizado por pacientes com linfoma não-Hodgkin difuso de grandes células B.
Genérico
Antes de entender o medicamento genérico, é importante saber o que são os medicamentos de referência. Também conhecidos os “de marca”, estes remédos possuem eficácia terapêutica, segurança e qualidade comprovadas junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). São anos de pesquisas investidas pelos laboratórios, e geralmente estes medicamentos têm novos princípios ativos, além de serem novidade no tratamento de doenças.
Os genéricos são cópias idênticas destes medicamentos de referência, produzidos após a expiração da patente. Por não ter marca, o nome será estabelecido de acordo com seu princípio ativo. Na embalagem, encontra-se uma tarja amarela, contendo a letra “G”, além de estar escrito “Medicamento Genérico”.
Lembrando que será necessária a aprovação da ANVISA quanto à eficácia, segurança e qualidade
Similar
Os medicamentos similares são identificados por uma marca / nome comercial e possuem o mesmo princípio ativo dos medicamentos de referência. Eles precisam ser aprovados nos testes de qualidade da ANVISA, em comparação ao medicamento de referência.
A principal diferença entre eles está relacionada ao formato e tamanho do produto. Então um medicamento de referência em comprimido, pode ter um similar líquido, por exemplo.
De acordo com a regulamentação da ANVISA, os medicamentos similares não podem ser substituídos pelos de referência quando prescritos pelo médico.
Sintético
O medicamento sintético é produzido por meio de reações químicas, e é facilmente replicável e permite a produção de cópia idêntica. Suas moléculas são pequenas e a estrutura química é bem conhecida. Eles são considerados os medicamentos clássicos e hoje representam grande parte das terapias disponíveis.