A queda de cabelo ou alopecia é uma queixa que pode ser observada em pacientes com Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs).
Embora a perda de cabelo não esteja associada à morbidade e mortalidade, é uma condição clínica responsável pela frequente preocupação estética e baixa autoestima.
Sabe-se que os sinais clínicos nas DIIs não se limitam apenas ao trato gastrointestinal, em média 10 a 30% dos pacientes, nos primeiros anos do diagnóstico, podem desenvolver alguma manifestação extra gastrointestinal, incluindo a queda de cabelo.
A alopecia se caracteriza pela perda de cabelo ou pelos em áreas onde eles normalmente deveriam crescer, atingindo tantos os homens quantos as mulheres.
Nas DIIs, este problema é provocado por questões secundárias como a ingestão insuficiente de alimentos, má absorção e casos de ressecção intestinal que contribuem para a deficiência de micronutrientes importantes para saúde capilar, como ferro, zinco, biotina, entre outros.
Além disso, a alopecia também é um efeito colateral observado em alguns medicamentos para o tratamento das DIIs, que são utilizados durante atividade da doença.
Por isso, pacientes que cursam a fase ativa da doença são mais propensos a alopecia, bem como apresentam maior risco de desnutrição e deficiência de micronutrientes importantes para saúde capilar.
Sendo assim, é de suma importância a avaliação nutricional desses indivíduos, e caso necessário, fazer a suplementação com o objetivo de alcançar a necessidade diária de nutrientes, principalmente na fase ativa da doença.
Texto da Nutricionista Cristina Diestel
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