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Não desista

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Uma cirurgia de emergência e minha minha filha só tinha 1 ano. Durante meus dias no hospital só pensava nela e foi por ela que permaneci tão focada em sair do hospital. Uma amiga me disse uma vez: nossa, você estava sempre tão séria no hospital. Respondi: só pensava em voltar pra casa e ver minha filha.

Voltei para casa e não podia pegar mais ela no colo… sofri… ?

Alguns dias depois comecei a rejeitar os pontos internos… dor… medo… o medo de morrer tomou conta de mim. ?

Encontrei um novo cirurgião e ele me ajudou muito, muito. Quando falou que eu teria que operar novamente entrei em pânico. ? Ele calmamente sentou comigo e começou a fazer algumas ligações. Ligou para colegas de profissão para saber da experiência deles com pacientes na minha condição (DII, imunossuprimido, rejeição de pontos). Ligou para o responsável pela tela que ele queria usar na minha cirurgia, com material biológico para otimizar a cirurgia em relação à rejeição. Tudo na minha frente, conversamos bastante e saí dali direto para uma Psiquiatra. ?


Calma!!! Não fiquei doida com tanta informação, mas precisava aceitar essa nova cirurgia. Minha Dermatologista, a melhor do mundo, amiga, excelente profissional, inteligentíssima, amo ? 
! Bom, minha Dermatologista já havia me indicado uma amiga Psiquiatra, pois percebeu que eu precisava trabalhar todo esse medo e trauma da cirurgia, então, fui lá. Começamos com algumas medicações e a terapia, até que um dia, conversei comigo mesma e decidi que isso deveria partir de mim e totalmente lúcida. Então parei as medicações, voltei no Cirurgião, marcamos a cirurgia e ele me liberou para fazer musculação (amo malhar ?). Sim! Mesmo com a hérnia incisional podia fazer musculação, bem orientada por um excelente profissional, o André Ponciano.

Mente sã e corpo quase são, em 2014 fiz a nova cirurgia. Um sucesso! Até umbigo novo eu ganhei! Com a rejeição dos pontos fiquei com uma cicatriz estranha e sem umbigo. Quando o Dr Roberto (Corurgião sensacional) foi me ver no quarto, olhou a cicatriz e disse: ficou lindo não é? Uma das coisas que não posso negar é que tenho uma mega sorte em encontrar profissinais assim tão queridos e cuidadosos com o paciente. E a minha filha? Mais um tempo sem pegá-la no colo… fiquei triste? Sofri? Sim e sim, mas são desafios que precisamos passar, cada um tem o seu ou os seus nessa vida, não sei se terei outros, mas sei que o meu maior motivo de não desistir nunca é a minha filha. 

Quais sãos os seus motivos???


Meu amor! 

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