Pacientes com DII apresentam maior prevalência de distúrbios psíquicos e emocionais do que a população em geral.
O Dia Mundial da Saúde Mental tem como data o dia 10 de outubro, instituído em 1992, pela Federação Mundial de Saúde Mental. Segundo a Organização Mundial de Saúde qualidade de vida é definida como: “a percepção do individuo sobre a sua posição na vida, no contexto da cultura e dos sistemas de valores nos quais ele vive, e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”.
Aproveito a data para conversarmos sobre doenças inflamatórias intestinais (DII), saúde mental e qualidade de vida.
O comprometimento da qualidade de vida relacionada à saúde é, reconhecidamente, uma das faces das DII.
Devido à frequência dos sintomas na faixa etária entre a adolescência e início da fase adulta, os pacientes vivem o desafio de conviver com a doença na tentativa de administrar e lutar com os sintomas, que interferem em sua expectativa relacionada à vida escolar, social e profissional.
As manifestações extraintestinais, como por exemplo: cutâneas, articulares e hepáticas, acompanhadas de mal-estar e algia, muitas vezes, alteram o curso da doença, atribuindo-lhe maior gravidade e limitação, provocando um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes.
De modo geral a melhora da satisfação de vida desse paciente necessita do tratamento clínico, psicológico e principalmente da ajuda fornecida pelo suporte social e familiar. Este suporte pode auxiliar na diminuição do estresse por eles vivenciado, pois consideram que os cuidados recebidos dos membros da família podem ajudá-los a ter maior controle sobre a doença.
Apoio e acolhimento no encontro entre pessoas que compartilham a mesma doença
Expressar sentimentos e trocar experiências de vida com indivíduos que apresentam o mesmo tipo de problema pode ser acolhedor. Nos grupos, os pacientes podem se sentir mais confortáveis para conversar e mais bem acolhidos, pois encontrarão apoio, segurança e sustentação para conviver melhor com a doença. “Nesses encontros, a pessoa pode se ver e se ouvir na fala do outro, pois todos apresentam sintomas e situações de vida semelhantes”. Apesar de ser importante tirar as dúvidas com o médico especialista, os grupos de suporte permitem que, na presença do outro, indivíduos com DII possam pensar e dividir histórias e experiências comuns. Destaca a Psicanalista Denise Steinwurz em entrevista para a ABCD.
Algumas recomendações para diminuir o estresse
Entre as recomendações para diminuir o estresse e a ansiedade também estão a prática de exercícios físicos, meditação e atividades de relaxamento – como tai chi chuan, ioga ou massagens relaxantes – que poderão ajudar a promover o bem-estar e a qualidade de vida dos pacientes, desde que a pessoa se sinta confortável com a prática.
ALEMDII – Associação do Leste Mineiro de Doenças Inflamatórias Intestinais
Apoiar, acolher e empoderar, alguns dos objetivos da ALEMDII para contribuir com a melhoria da qualidade de vida das pessoas com DII. Envie uma mensagem para 33 9905 1231 e faça parte da ALEMDII! Nosso site www.alemdii.org.br
Fontes:
MALDAUN, Daisy. Estudo da dinâmica familiar de pacientes com doenças inflamatórias intestinais (DII). 2012. 122 p. Tese (Doutorado) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, Campinas, SP. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/308761>
ABCD – Emoções Influenciam na DII
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