Blog Oficial Alemdii

Fui diagnosticada com Doença de Crohn

Compartilhe essa publicação

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on email
“Sou um milagre de Deus!” Olá, companheiros de luta
Quando tudo está transcorrendo bem na sua vida, trabalho, faculdade, amizades, família e presença de Deus, muitas vezes não olhamos verdadeiramente para a vida e não a damos o devido valor. Bom… dia 1° de outubro de 2008, cursando o penúltimo semestre de Pedagogia, no Centro Universitário São Camilo, comecei a sentir dores muito forte e ausência de apetite, o que me fez ficar o dia inteiro sem ingerir nada. Retornei de noite para casa, retorcendo de dor (algo que nunca senti na vida), fui dormir e no dia seguinte, tive que me ausentar do trabalho e faculdade. Em minha inocência achei que estava com virose, pois estava com diarréia, falta de apetite e dores abdominais. Sendo assim, fui para o AMA mais próximo e o médico prescreveu Floratil por cinco dias, o que intensificou os sintomas. Retornei com o mesmo doutor, que me encaminhou para o Hospital às pressas, pois suspeitava de algo. No Hospital de Pirituba, realizei alguns exames e a médica receitou um antibiótico e outro medicamento à base de Buscopan… Gente do céu! Pensa no aumento das dores! Eu queria morrer, pois não conseguia nem dormir de tanto que o intestino doía, além do mais, comecei a evacuar 16 a 18 vezes por dia, com muito sangue, ter febre altíssima e vomitar o que conseguia ingerir (o que não era muito). Minha mãe me levou às pressas para o mesmo hospital, no qual cheguei a quase ter uma parada cardíaca, por falta de potássio.
Fiquei em observação por uns três dias, até ser transferida para um quarto, no qual realizava exames e mais exames, ingeria remédios e mais remédios, até que comecei a inchar, inchar e inchar, não conseguindo dar um passo sem apoio ou mesmo ver meus pés.
Um dos enfermeiros comentou que eu estava com suspeita de embolia pulmonar e que precisava ser transferida para a UTI. Não me recordo em que momento fui levada para lá, pois perdi a consciência por algumas horas e ao acordar, estava toda entubada, ligada nos aparelhos e com duas bolsas (uma de soro com antibióticos e outra com sangue), além de sonda para as necessidades biológicas. Nunca sofri tanto como neste período, pois vi 4 pessoas morrerem na UTI e tinha pavor de fechar os olhos e não abrir mais. As dores eram dilacerantes, a hemorragia intestinal já se prolongara por duas semanas e perdia peso (não tinha muito pra perder, já que o máximo que tive e foi nessa época, eram 53 kg). O período que passei nesta ala do hospital foram num total de 11 dias, entre um retorno para o quarto, logo após os 6 primeiros dias.
Após um mês e tendo tomado 9 medicações distintas, recebido 3 bolsas de sangue, fui levada para o Hospital das Clínicas de São Paulo para uma análise da equipe do dr Aithan Sipahi e com esperanças de logo ser liberada e voltar pra casa com um laudo e medicamentos necessários. Mas, que nada…O Dr Flávio Feitosa (que se tornou amigo), solicitou toda a papelada e relatórios médicos, olhou um por um, conservou com a equipe e, olhando pra mim, disse que faria a transferência imediatamente e sem previsão de alta. Chorei como uma criança!
Resumindo: realizei todos exames possíveis, fiquei com sonda pra alimentação por 15 dias, perdi num total de quase 12kg, pesando 41,8kg. Após ter sido revirada de ponta cabeça e feito exames nunca imaginado, fui diagnosticada com Doença de Crohn. Nunca tinha ouvido falar nisso…Tive alta após dois meses de internação, voltando ao HC em uma semana para a segunda infusão de Infliximabe, com o qual tive que tomar até julho de 2011. Saindo do Hospital, após dois meses, perdi 3/4 do cabelo, tendo vergonha de sair na rua, finalizar os estágios e realizar os dois semestres da faculdade de uma só vez, além do TCC.
Enfim, ter e lutar com o Crohn é uma batalha diária, mas isso não me impediu de forma alguma de concretizar alguns sonhos. Terminei o curso de Pedagogia, com louvor; passei em três concursos públicos da rede estadual e municipal da cidade de São Paulo; cursei Pós graduação na PUC-SP e outra na Federal de Juiz de Fora; viajei para países da América e Europa; já doei duas vezes parte do cabelo para o Hospital do Câncer, enfim, procuro viver da melhor forma possível, me atentando aos alimentos que como, ao tratamento e exames no Hospital das Clínicas e, o principal, entregando minha vida nas Mãos de Deus, pois sem Ele e Sua Presença na minha vida, hoje não estaria contando minha história.
Assim como muitos depoimentos me ajudam a viver e lutar contra o Crohn, espero que a minha também os ajude.
PS: escrevendo esta história de superação algumas horas antes de completar mais um ano de vida (24/12), bem coladinha ao aniversário do Menino Jesus. Sou Um Milagre de Deus.

Meu nome é Késia, moro em São Paulo/SP, tenho 32 anos sou Professora, tenho Doença de Crohn, meu perfil no Instagram: @kesia.sp, no Facebook: Kesia.

Conte sua história também! Expressar-se tranquiliza a dor.
Compartilhe a sua história aqui.  Para ler os depoimentos clique aqui.
Tradução »

Doe sua história

Cadastre-se

E fique por dentro de nossas novidades!

[sibwp_form id=2]

Nós siga nas redes sociais e curta a página.

Área do usuário

Não possui uma conta?
Clique em registrar para se cadastrar.