Revestimento intestinal humano é recriado dentro de um biochip
Intestino em um chip
Cientistas recriaram em laboratório o revestimento intestinal humano. É a primeira vez que esse tecido vivo foi criado fora do corpo, o que permitiu que ele fosse inserido dentro de “chips-intestino”, microlaboratórios que permitirão testes personalizados de medicamentos.
O revestimento intestinal foi recriado a partir de células humanas adultas que foram convertidas em células-tronco e então cultivadas para formar organoides, que são imitações de órgãos humanos – já foram criados diversos miniórgãos em biochips, incluindo coração, cordas vocais, placenta, pulmão etc.
Como o tecido artificial conservou a impressão digital genética do adulto doador das células, a expectativa é que esses microlaboratórios possam mudar a forma como pacientes são tratados de doenças gastrointestinais e inflamatórias com um componente genético, como doença de Crohn, colite ulcerativa e síndrome do intestino irritável.
Em vez de expor um paciente a tratamentos medicamentosos que podem ser onerosos, ineficazes ou causar efeitos colaterais nocivos, as células-tronco do próprio indivíduo poderão ser usadas para produzir uma duplicata do revestimento intestinal em um “intestino-chip”, onde serão testados múltiplos medicamentos. Os médicos poderão então determinar qual droga funciona melhor no intestino do paciente.
Intestino-Chip
Os “intestinos-chip” têm o tamanho de pilhas AA e recriam o microambiente natural do intestino humano no interior de seus microcanais, incluindo o epitélio intestinal – a camada de células que forma o revestimento dos intestinos grosso e delgado.
Fluidos bombeados através desses microcanais criaram um ambiente que permitiu que as células desenvolvessem as estruturas tridimensionais, chamadas vilosidades, encontradas no intestino. Os testes mostraram que o revestimento intestinal contém todos os tipos de células-chave normalmente encontrados no tecido natural.
“Esta associação de biologia e engenharia nos permitiu recriar um revestimento intestinal que corresponde ao de um paciente com uma doença intestinal específica – sem realizar uma cirurgia invasiva para obter uma amostra de tecido,” disse o pesquisador Clive Svendsen, coordenador da equipe multi-institucional que criou o biochip. “Nós podemos produzir um número ilimitado de cópias deste tecido e usá-las para avaliar potenciais terapias. Este é um avanço importante na medicina personalizada”.
Fonte: Diário da Saúde
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